Olá amigos,
Incomodado já há algum tempo com diversas situações absurdas que nos cercam a respeito de diversos temas, como agreções ao meio ambiente, pobreza, descasos dos governantes e políticos com o povo, caos na saúde, na educação, além da tentativa de acabarem com as famílias e diversas outras insanidades, resolvi montar esse Blog como mais um meio para denunciarmos essas situações.
Muitas vezes nos sentimos impotentes e ficamos sem saber o que fazer em favor da preservação da natureza, em prol dos nossos irmãos e irmãs que sofrem nas filas dos hospitais, em favor de um ensino de qualidade para nossos filhos, pela preservação da família e da ética e moral na sociedade.
Assim, resolvi usar um meio que está disponível, a internet, e que é de grande alcance geográfico, político e humano.
Dessa forma coloco a disposição de todos os amigos e amigas que comungam dessa minha preocupação, para que também usem esse espaço para denunciarem suas insatisfações.
Que Deus nos abençoe nessa tentativa e que ela seja de alguma forma eficaz na melhoria da defesa da vida, envolvendo todos os seus aspectos, em nosso país e no mundo todo.
Um grande abraço,
José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

sábado, 25 de abril de 2015

"ISSO NÃO É UM BEBÊ. É UM ABORTO!" - A TRAGÉDIA DE BEBÊS NASCIDOS VIVOS DURANTE A PRÁTICA DO ABORTO



"As laterais da sacola pulsavam, como se alguém estivesse respirando dentro dela. Então, o saco parou de se mover."


Quando uma representante da Planned Parenthood testemunhou contra um projeto de lei da Flórida que defendia bebês nascidos vivos durante abortos malsucedidos, ativistas pró-aborto reclamaram que este cenário não era real. Situações como essas, no entanto, têm acontecido desde que o aborto se tornou legal nos Estados Unidos. Um número considerável de funcionários de clínica de aborto, médicos e ex-aborteiros tem quebrado o silêncio e falado sobre essas crianças a quem foi negada assistência médica depois do parto.
No livro The Ambivalence of Abortion ["A Ambivalência do Aborto"], a autora pró-aborto Linda Bird Francke recolheu o depoimento de várias pessoas envolvidas na indústria do aborto. Ela cita uma enfermeira, que conta a seguinte história:
Tivemos um salino (tipo de aborto) que nasceu vivo. Eu corri para a enfermaria e pus aquilo em uma encubadora. Chamei o pediatra para ajudar, mas ele se negou.'Isso não é um bebê. É um aborto!', ele disse." [1]
Embora o destino da criança não tenha sido revelado, é praticamente impossível que ela tenha sobrevivido sem assistência médica às lesões fatais de um aborto salino.
Em um procedimento desse gênero, uma solução salina cáustica é injetada no útero materno, envenenando o líquido amniótico e matando o bebê no curso de algumas horas. A mulher entra em trabalho de parto para dar à luz um bebê morto. Esse método foi abandonado na década de 1990 pelo grande número de abortos malsucedidos e porque era perigoso para a mulher. Foi substituído pela D&E ("dilatação e evacuação"), um procedimento brutal pelo qual o bebê é dilacerado com um fórceps e extraído pedaço por pedaço. Uma técnica similar à do envenenamento salino, que ainda é realizada hoje, consiste na injeção de digoxina diretamente no coração do feto. A substância "amolece" o cadáver, tornando mais fácil o ato de rasgá-lo e retirá-lo do útero. Abortos por digoxina são geralmente feitos nos últimos dois trimestres e, às vezes, também produzem nascidos vivos.
Em In Necessity and Sorrow: Life and Death in an Abortion Hospital ["Na Necessidade e no Sofrimento: Vida e Morte em um Hospital de Aborto"], Magda Denes, outra autora pró-aborto, relata o testemunho de Teresa Etienne, identificada como funcionária de uma clínica:
"A única vez em que pensei sobre aborto em termos de religião foi quando vi alguns fetos e um tinha nascido vivo. Eu realmente vi um deles, até senti a batida do coração. Eu o toquei. Parecia um bebê, mas era muito pequeno. Era realmente lindo. Muito calmo. Na verdade, estava começando a morrer. As batidas do coração estavam diminuindo. Ele estava indo para o Hospital Bellevue e um rapaz dizia: 'Eu não sei porque temos que levar isso pra lá, já que vai morrer de qualquer jeito. Por que passar por todo esse aborrecimento?" [2]
Um caso no qual um bebê nascido vivo foi morto por ação direta do aborteiro veio à luz quando funcionários de uma clínica revelaram o que aconteceu. Nas palavras do autor pró-vida Mark Crutcher:
"De acordo com cinco empregados de uma clínica de aborto, o aborteiro texano John Roe 109 (pseudônimo) estava realizando um aborto quando uma menina do tamanho de um pé (cerca de 30 cm) e com cabelo castanho claro nasceu. Eles confirmaram que o bebê se enrolava na mão de Roe e tentava respirar, enquanto ele segurava a placenta sobre o seu rosto. 


Então, ele a jogou em um balde de água e vários empregados confirmaram que bolhas subiram até a superfície. Eles prosseguiram dizendo que Roe, então, 'soltou o feto dentro de um saco plástico... que foi amarrado e colocado no fundo da sala de operações. As laterais da sacola pulsavam, como se alguém estivesse respirando dentro dela. Então, o saco parou de se mover.' Uma testemunha diz que estava segurando o saco no qual Roe colocou a criança e, depois, pôs a sacola no freezer onde os fetos abortados eram armazenados." [3]
Aborteiros descrevem as suas experiências
No artigo Pro-Choice 1990: Skeletons in the Closet ["Pró-Escolha 1990: Esqueletos no Armário", literalmente], o ex-aborteiro Dr. David Brewer descreve a sua primeira participação em um procedimento de aborto tardio. A operação foi feita por histerotomia, um tipo de aborto no qual o bebê é tirado da barriga da mulher, de modo similar a uma secção cesariana.
"Eu me lembro de ver o bebê se movendo, debaixo das membranas da bolsa, assim que a incisão cesariana foi feita, antes que o médico a rompesse. Veio-me à mente:'Meu Deus, aquilo é uma pessoa'. Então, ele rompeu a bolsa. E quando o fez, é como se viesse uma dor ao meu coração, assim como quando eu vi o primeiro aborto por sucção. Então, ele tirou o bebê, e eu não podia tocá-lo... Não podia mais ser um assistente. Apenas fiquei ali e a realidade do que estava acontecendo finalmente começou a entrar em meu cérebro e coração endurecidos. 


Eles levaram aquele bebezinho que fazia pequenos sons e se movia e chutava, e o colocaram naquela mesa, em uma fria tigela de aço inoxidável. Enquanto fechávamos a incisão no útero e finalizávamos a cesariana, a todo momento eu conferia e via aquele pequeno ser se movendo naquela tigela. E ele, é claro, chutava e se movia cada vez menos com o passar do tempo. Lembro-me de ficar pensando e olhando para o bebê quando terminamos a cirurgia e ele ainda estar vivo. Era possível ver o seu peito se movendo, o seu coração batendo e o bebê tentando dar um pequeno suspiro. Aquilo realmente me atingiu e começou a me ensinar sobre o que o aborto realmente era." [4]
Brewer ainda realizaria mais abortos antes de eventualmente sair da indústria e se tornar um interlocutor pró-vida. Mais tarde, na sua carreira profissional, o mesmo David Brewer presenciou o drama de outro bebê nascido vivo depois de um aborto salino:
"Uma noite, uma mulher deu à luz e eu fui chamado a comparecer e examiná-la porque estava fora de controle. Entrei na sala e ela estava caindo aos pedaços, em um colapso nervoso, gritando e se debatendo. As enfermeiras estavam incomodadas porque não conseguiam trabalhar e do mesmo modo todos os outros pacientes, porque essa mulher estava gritando. Quando entrei, vi o seu pequeno bebê vítima de um aborto salino. Ele tinha nascido e ficou chutando e se movendo por um curto espaço de tempo, até finalmente morrer com aquelas terríveis queimaduras – porque a solução salina entra nos pulmões e os queima também."
O doutor Paul Jarrett, outro ex-aborteiro, conta a seguinte história:
"Como a solução salina hipertônica era muito tóxica se, ao invés do saco amniótico, fosse injetada na parede do útero, havia uma constante procura pela droga perfeita. A prostaglandina tornou-se agora a droga da vez, mas um dos primeiros experimentos era com ureia hipertônica. A maior desvantagem do seu uso era o problema dos nascidos vivos. Lembro-me de usar a solução em uma paciente que os residentes da psiquiatria nos trouxeram de sua clínica (...). Nunca esquecerei quando tirei o seu bebê de cerca de 900 gramas e ouvi os seus gritos: 'Meu bebê está vivo, meu bebê está vivo!'. Ele sobreviveu por vários dias."
Outros médicos testemunham o horror
Um médico que cuida de bebês prematuros descreve experiências que teve enquanto ainda fazia residência. Ele ajudou um médico a realizar um aborto terapêutico por histerotomia – técnica na qual o útero gravídico é removido como forma de tornar a pessoa estéril e, ao mesmo tempo, realizar um aborto.
"Eu já havia ajudado em duas outras histerotomias, uma por câncer no endométrio e outra por causa de um tumor benigno. Tinha sido ensinado durante os dois primeiros casos a 'sempre abrir o útero e examinar o seu conteúdo' antes de mandar a amostra para a patologia. Então, depois que o professor retirou o útero, eu – ansioso por mostrar-lhe que já tinha aprendido o procedimento padrão – perguntei-lhe se queria que eu o abrisse, ao que ele respondeu: 'Não, porque o feto pode estar vivo e então estaríamos diante de um dilema ético.'" [5]
Pouco tempo depois, o mesmo médico presenciou com os seus próprios olhos um bebê nascido vivo depois de um aborto:
"Algumas semanas depois, agora no departamento de obstetrícia, eu recuperei uma bolsa de fluído intravenoso que o médico residente havia pedido. O material era para ministrar prostaglandina, uma droga que induz o útero a contrair e expelir o que tem. O paciente fez o mínimo contato visual conosco. Algumas horas depois, eu vi o feto abortado ofegante e movendo as suas pernas em uma arrastadeira, que depois foi coberta com um pano." [5]
Então, ele descreve um aborto por nascimento parcial realizado sem sucesso em um bebê com hidrocefalia. Primeiro, ele conta o modo como o aborto seria realizado:
"O residente descreveu como ia tirar o corpo do bebê e, então, quando a cabeça estivesse presa, inserir o trocarte – um longo instrumento de metal com uma ponta afiada – através da base do crânio. Durante a fase final desse procedimento, ele indicou que moveria o tubo de sucção várias vezes de um lado ao outro do tronco cerebral, para garantir que o bebê nasceria morto. Vários dos pediatras residentes, incrédulos, disseram: 'Você está brincando' ou 'Você está inventando isso'..." [5]
Depois, descreve o resultado da operação:
"Depois, naquela tarde, o obstetra residente realizou o procedimento, mas, infelizmente, a criança nasceu com o coração batendo e alguns suspiros fracos e ofegantes. Então, o bebê foi trazido à UTI neonatal: era uma criança um pouco prematura, que pesava em torno de 2 quilos. Sua cabeça, em si, estava dilacerada. A cama estava suja de sangue e drenagem. Fiz o meu exame (nenhuma outra anomalia detectada), então anunciei a morte do bebê cerca de uma hora depois." [5]
O Dr. Ron Paul, que já foi candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA, contou a seguinte história em uma propaganda de campanha:
"Aconteceu, uma vez, de eu entrar em uma sala de operações onde estavam realizando um aborto em uma gravidez avançada. Eles retiraram um pequeno bebê que era capaz de chorar e respirar, colocaram-no em um balde, puseram-no no canto da sala e fingiram que ele não estava lá. Desci pelo pátio de entrada e um bebê tinha nascido prematuro – um pouco maior que o bebê que tinham colocado no balde – e eles queriam salvar esse bebê. Ali, eram em torno de 10 médicos fazendo todo o possível para salvar a vida daquela criança. 


Quem somos nós para decidir, para escolher e descartar uns e lutar para salvar a vida de outros? A menos que solucionemos isso e entendamos que a vida é preciosa e que devemos protegê-la, não seremos capazes de proteger a liberdade."
Esses incidentes são apenas a ponta do iceberg. Não se sabe exatamente, ao longo de todos esses anos, quantas crianças nasceram vivas e morreram silenciosamente – ou foram deixadas para morrer – sem que ninguém revelasse o que aconteceu a elas.
Fonte: LifeSiteNews.com | Tradução: Equipe CNP

Referências:

  1. Linda Bird Francke. The Ambivalence of Abortion. New York: Laurel, 1982. p. 53.
  2. Magda Denes. In Necessity and Sorrow: Life and Death in an Abortion Hospital. New York: Basic Books, 1976. p. 39.
  3. In Mark Crutcher. Lime 5: Exploited by Choice. Denton, Texas: Life Dynamics Incorporated, 1996.
  4. David Kuperlain; Mark Masters. Pro-Choice 1990: Skeletons in the Closet. New Dimensions, October 1990.
  5. Hanes Swingle. A Doctor's Grisly Experience With Abortion. The Washington Times, July 23, 2003. p. A-18.
Via: Christo Nihil Praeponere

quinta-feira, 23 de abril de 2015

PONTO DE VISTA COM PAULO MARTINS DE 23/04/15 - VALE A PENA ASSISTIR

Perdeu o Ponto de Vista de hoje? Então assista aqui no face e confira o Vídeo do Dia!

Posted by Tarobá Cascavel on Terça, 21 de abril de 2015

CHINELOS VELHOS VIRAM BRINQUEDOS NA ÁFRICA



Chinelos velhos viram brinquedos na África e além de fazerem a alegria da criançada, já tiraram mais de 400 toneladas 

de lixo do Oceano


Passeando pelas praias da costa leste da África, você pode se deparar com esculturas coloridas de elefantes, javalis, rinocerontes, leões e girafas, algumas em tamanho real, feitas com chinelos de borracha velhos encontrados no mar.
A transformação desses materiais em peças de arte e moda é ideia da empresa Ocean Sole. Com sede em Nairóbi, capital do Quênia, o negócio reaproveita sandálias velhas e outras peças de borracha encontradas nas praias do país. O resultado do trabalho são criações lúdicas que chegam a ser vendidas para jardins zoológicos, aquários e lojas de nicho de 20 países.
“A poluição em todos os nossos cursos de água é um grande problema”, diz Church, nascida e criada no Quênia. “Os rios estão entupidos com plástico e borracha”, ela acrescenta. “Quando as pessoas dizem que o oceano é uma sopa de plástico, é porque o plástico não vai embora – ele só se decompõe em partes menores”.
Segundo os cientistas, o tempo de decomposição desses resíduos varia de 100 a 600 anos. Em grandes quantidades no fundo dos oceanos, são alguns dos principais vilões da vida marinha, responsáveis pela morte de peixes, crustáceos e outras espécies.
Como tudo começou
Em 1997, Church trabalhava num projeto de preservação de tartarugas marinhas na ilha de Kiwayu, na fronteira do Quênia com a Somália.
Na época, Church ficou chocada com uma cena desoladora: praias inundadas por objetos de plástico que obstruiam a chegada das tartarugas aos seus locais de desova.
Mas foi lá também que ela viu crianças da região fazendo brinquedos com o lixo retirado do mar. Nesse dia, ela decidiu fundar uma empresa focada na solução de um problema ambiental grave.
Church pensou que poderia ajudar a limpar as praias e, ao mesmo tempo, impulsionar o desenvolvimento econômico e social daquela comunidade, incentivando moradores locais a recolher, lavar e processar materiais recicláveis para terem uma renda.


Confira as fotos:
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Fotos: Reprodução/Ocean Sole
Fonte: RPA (Razões para Acreditar)

ALERTA! NOVO ARTIFÍCIO DE BANDIDOS!


ALERTA! 
NOVO ARTIFICIO DE BANDIDOS!

Se ao se aproximar de seu carro e encontrar marcas estranhas como esta, finja que o carro não é seu e passe direto para um local seguro e chame a polícia. Trata-se de um chamariz para te distrair enquanto assaltantes se aproximam.
Aconteceu hoje (17/04/2015) por volta das 11 da manhã (!) em Belo Horizonte, na rua Ouro Fino, bairro cruzeiro, em frente ao mercado do Cruzeiro. Enquanto a vítima se distraia com as marcas, parecidas com sangue um dos bandidos a empurrou em cima do carro, e outro veio em seguida. Roubaram o celular e fugiram separadamente, como de costume.
Levando em conta a violência da abordagem, o bem material foi irrisório, mas como poderia ter sido muito pior, faça um favor aos seus amigos e familiares e divulguem essas informações.
A ocorrência foi registrada na polícia civil e no www.ondefuiroubado.com.br.

Observação: os meliantes estavam relativamente próximos do veículo, fingindo esperar o ônibus.

sábado, 18 de abril de 2015

HOMEM INVENTA CALÇADOS QUE CRESCEM 5 VEZES EM 5 ANOS PARA AJUDAR MILHÕES DE CRIANÇAS POBRES

As vezes, a invenção mais simples pode mudar milhões de vidas. Esse é o objetivo do The Shoe That Grows (Em tradução livre “O sapato que cresce”) um calçado desenhado por Kenton Lee, que pode ajustar seu tamanho, permitindo que as crianças em nações pobres possam crescer sem ter que ficar com os pés descalços. Os sapatos, que vêm em tamanhos pequenos e grandes, podem crescer 5 tamanhos e durar pelo menos 5 anos.

De acordo com a empresa, “Há mais de 300 milhões de crianças que não têm sapatos. E incontáveis mais com sapatos que não cabem.”
“As crianças sem sapatos são suscetíveis a lesões e parasitas que infectam os seres humanos através dos nossos pés. O problema com as doações de sapatos comuns é que eles se perdem facilmente, pois a criança cresce muito rápido, e esse é exatamente o problema que esses novos sapatos corrigem.”
Você pode comprar um par pelo site, mas também dá a opção de pacotes que permitem que os compradores possam enviar sapatos em massa para os países que mais necessitam deles. Veja o vídeo que explica um pouco mais sobre esse produto sensacional:
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Por: Vicente Carvalho
Fonte: RPA

terça-feira, 14 de abril de 2015

CRACOLÂNDIAS - CEMITÉRIOS DE VIVOS

Cidade do Vaticano (RV) – Na semana passada um grupo de mais de 25 meninos e meninas de rua acolhidos pela Casa do Menor, realizou o sonho de conhecer pessoalmente o Papa Francisco. À frente do grupo estava o padre - mais brasileiro do que italiano – Renato Chiera, fundador da instituição. O colega Rafael Belincanta entrevistou padre Chiera, que nesse especial fala sobre a sua experiência nas cracolândias, "cemitério de vivos de onde sai um grito por Deus".
Rádio Vaticano: A cracolândia é um lugar que ninguém quer ir...
Padre Renato Chiera: É, nas cracolândias todo mundo tem medo.
Espelho da sociedade
- A cracolândia, não queremos vê-la porque é um espelho da nossa sociedade. Nós não queremos nos espelhar. Queremos nos esconder. Achar que isto é uma coisa periférica em nossa vida. Para mim, é o resultado de uma sociedade que está se quebrando nos seus valores essenciais. O valor da família, o valor de Deus, o valor da gratuidade, o valor do amor, da doação. Estamos perdendo todos estes valores, até mesmo Deus.
Deus mágico
- Embora todo mundo diga ser religioso, esse é um Deus que virou comércio. Um Deus que é mágico, que me dá, que resolve meus problemas. não é um Deus que me chama a me converter e ajudá-lo a transformar.
Observatório da sociedade
- Para mim a cracolândia foi um observatório. Estes quatro anos que eu estou lá são um privilégio. Um observatório sobre a sociedade que está se quebrando. Sobre a família que não tem mais condições de criar os seus filhos e, também, sobre as políticas públicas que pensam que tem que recolher e não acolher. Ou que tem que invadir as favelas com o exército, com a polícia em vez de fazer políticas públicas (de inclusão e promoção social n.d.r).
Deus preenche o vazio
- A cracolândia também é um observatório sobre a nossa evangelização. Aí, eu questiono também a nossa Igreja. Que evangelização estamos fazendo? Nas cracolândias encontramos muitos que são evangélicos, católicos, que dizem que creem no Evangelho. Mas qual é o Evangelho que nós apresentamos? Qual é o Deus que nós apresentamos? Se este Deus não é o Deus do qual o Papa fala, que dá a vida, como é que ficam aqueles que acreditam em Deus mas morrem no crack? Nós devemos apresentar um Deus que preenche o vazio do ser humano. Não um Deus que me leva, depois, a uma vida triste ao ponto de procurar no crack a solução para os problemas.
Cemitério de vivos
- A cracolândia é um cemitério de vivos que se consolam juntos criando família entre si e usando crack até morrer. Porém, há na cracolândia um grito: um grito por família.
Presença no inferno
- Eu escrevi um livro, Presença no Inferno, e do inferno das cracolândias há um grito por amor, um grito por família. Lá tem gente de todo o tipo, de todas as idades e de todas as condições sociais, de todas as cores e de todas as religiões. De crianças a velhos. A criança diz: eu não tenho pai nem mãe, não me querem. O velho diz: eu tinha filhos, me abandonaram. E venho aqui porque aqui somos família. Usamos crack, somos todos iguais, encontramos aqui a família que não nos quer mais ou que não temos mais.
Escravos dentro
Na cracolândia há um grito por Deus. Um menino, cearense de Sobral, que está na cracolândia da Maré, depois que eu passei uma noite lá com eles, me chamou e disse: Padre, você nos ama muito, não é? Porque passou a noite aqui conosco, não teve medo. E me falou: Escuta, você gostaria que nós saíssemos daqui mas você não vai conseguir porque nós somos escravos dentro. E gritou: Padre, nos dê Deus e a sua Palavra. E repetiu três vezes. 
Entendeu bem? Me dizia. Nos dê Deus e a sua Palavra ou nós não vamos conseguir sair daqui. 
Da ausência de Deus (porque na cracolândia parece que Deus morreu), tem uma presença e um grito por Deus. 
Eu senti a cracolândia como uma catedral (silêncio) ...um grande Cristo crucificado que grita o abandono mas que também grita por vida e está dizendo que a nossa sociedade deve mudar se não quiser se tornar toda ela uma cracolândia.  

(Rafael Belincanta)

Fonte: Rádio Vaticano

sexta-feira, 10 de abril de 2015