Que amor é esse?
Após ver e ler uma enxurrada de posts e
matérias onde aparecem pessoas tratando seus animais de estimação como se
fossem verdadeiros filhos muitos queridos e amados, num movimento cada vez
maior de cuidado e dedicação, e onde fazem questão de declarar seu “amor” por
essas criaturas de Deus, que merecem sim, toda a nossa atenção, cuidado e
carinho, comecei a me questionar, o que está acontecendo com o ser humano? Pois
cada vez mais, enquanto cresce o amor pelos animais de estimação, cresce também
o desprezo pela vida humana. Muitos desses defensores dos animais apoiam
movimentos de aborto de crianças indefesas pelo mundo afora.
Aí fico me questionando, como pode o
mesmo ser humano, defender e cuidar de um animal de estimação, e negar o
direito a vida a um ser humano indefeso e tão carente de atenção e cuidado,
como um bebe ainda no ventre de sua mãe?
É uma incoerência total, ou então, pior
que isso, é uma deturpação do sentido do amor verdadeiro. Será que as pessoas
estão substituindo os filhos, por animais de estimação, para assim dedicarem
suas vidas e darem amor, carinho e afeto para esses novos “filhos”?
Onde iremos parar? Para onde caminhamos?
Será que as mães e pais que trocam um
filho por um animal de estimação, estão fazendo isso por considerarem filhos
como verdadeiras ameaças a sua vida familiar, ou que trarão desconforto, ou
mesmo alguns males? Ou, se trata simplesmente de uma questão de comodidade e
falta de paciência, falta de tempo... Afinal, é muito mais fácil cuidar de um
animal de estimação do que de um filho. E, o animal dura somente 10, 12, 15
anos. Depois podemos adquirir outro, ainda fofinho, pequenininho, enfim. Já um
filho, dá “trabalho” a vida toda, como diz um amigo meu.
É realmente escandaloso, como diz o Pe.
Hugo Valdemar, cônego da Arquidiocese Primaz do México, quando pergunta: “Que
sociedade é esta onde a proteção dos animais se tornou mais valiosa do que a
vida humana de um nascituro?”
E para quem pensa que essa aberração
acontece só com os bebês que são abortados, o que já seria por si só uma
degeneração do amor humano. Vejam o que acontece com os idosos, que são vistos,
cada vez mais pela sociedade, como um incômodo que precisam ser descartados. E
assim, são retirados para lugares nem sempre dignos e que não lhes dão a
atenção que merecem e precisam. Os familiares que os descartaram lá?
Normalmente, nunca mais aparecem para sequer visitá-los.
São inúmeros os relatos também de idosos,
que são literalmente abandonados em hospitais e até em suas próprias casas,
quando vivem sozinhos, sem apoio dos filhos e demais familiares, embora a
maioria deles em idade avançada, com dificuldades de movimentação, muitos com
algum tipo de deficiência, enfim, abandonados a própria sorte, até que o Senhor
tenha piedade deles e os leve para junto de Si.
Agora, vá alguém fazer isso com um animal
de estimação. É uma gritaria danada. As ONG’s de proteção aos animais vão para as
televisões, que transformam isso em grandes manchetes, com grande repercussão.
Ainda no México, existem iniciativas
entre alguns deputados, que propuseram que os animais sejam considerados como
“parte de uma família” e que possam inclusive “herdar os bens de seus
proprietários”. Deputados esses que ao mesmo tempo, promovem iniciativas para
legalizar o aborto no México.
Como diz o Pe. Valdemar: “Qual é a
patologia que se apropria de uma humanidade que despreza os seus semelhantes e
dá falsos direitos aos animais dando a eles uma dignidade que parece superar a
humana?”
“Não nos enganemos, este amor pelos
animais e desprezo pelos seres humanos é uma desumanização escandalosa, é uma
descristianização disfarçada de compaixão. Jesus nunca pediu para amar os
animais como a si mesmo, mas sim, ao próximo. Os animais foram criados por Deus
para o serviço ao homem e não o homem para o serviço aos animais”, disse o
sacerdote.
Se a coisa continuar indo do jeito que está, daqui a pouco vamos acabar chegando numa situação na qual os pais darão um computador e/ou tablet para seus filhos ficarem jogando, trancados no quarto; colocarão seus pais no asilo; e sairão com o seu animal de estimação para passear no shopping.
Se a coisa continuar indo do jeito que está, daqui a pouco vamos acabar chegando numa situação na qual os pais darão um computador e/ou tablet para seus filhos ficarem jogando, trancados no quarto; colocarão seus pais no asilo; e sairão com o seu animal de estimação para passear no shopping.
Não imaginem os defensores dos animais,
que eu estou fazendo apologia de maus tratos a essas também criaturas de Deus.
Estou tentando sim, levantar um assunto para reflexão de toda a sociedade, de
forma a que dediquemos a mesma preocupação, atenção, cuidado e carinho que são
dedicados aos animais, também aos bebes que estão nos ventres de suas mães, as
crianças e aos idosos. Aliás, acho que a esses últimos, deveríamos dedicar um
pouco mais de atenção que aos animais.
Afinal... Que amor é esse?
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