Olá amigos,
Incomodado já há algum tempo com diversas situações absurdas que nos cercam a respeito de diversos temas, como agreções ao meio ambiente, pobreza, descasos dos governantes e políticos com o povo, caos na saúde, na educação, além da tentativa de acabarem com as famílias e diversas outras insanidades, resolvi montar esse Blog como mais um meio para denunciarmos essas situações.
Muitas vezes nos sentimos impotentes e ficamos sem saber o que fazer em favor da preservação da natureza, em prol dos nossos irmãos e irmãs que sofrem nas filas dos hospitais, em favor de um ensino de qualidade para nossos filhos, pela preservação da família e da ética e moral na sociedade.
Assim, resolvi usar um meio que está disponível, a internet, e que é de grande alcance geográfico, político e humano.
Dessa forma coloco a disposição de todos os amigos e amigas que comungam dessa minha preocupação, para que também usem esse espaço para denunciarem suas insatisfações.
Que Deus nos abençoe nessa tentativa e que ela seja de alguma forma eficaz na melhoria da defesa da vida, envolvendo todos os seus aspectos, em nosso país e no mundo todo.
Um grande abraço,
José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

sábado, 13 de junho de 2015

PRESENÇA CATÓLICA NAS PENITENCIÁRIAS


No Estado do Rio de Janeiro, a Pastoral Carcerária atua em 29 presídios: 25 dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, mais o Instituto penal Oscar Stevenson, em Benfica, o Presídio Evaristo de Moraes, na Quinta da Boa Vista, o Instituto Penal Cândido Mendes, no Centro, e o Presídio Ary Franco, em Água Santa.
A assistência religiosa nos presídios é realizada ao longo do ano de forma permanente por agentes e sacerdotes. Duas vezes, ao ano, o arcebispo e os bispos auxiliares celebram a Páscoa e o Natal, inclusive com a administração de sacramentos. Também há uma programação especial de visitas, no mês de janeiro, durante a Trezena de São Sebastião.
O trabalho junto aos presidiários também é desenvolvido por outras denominações religiosas. São 119 instituições credenciadas, aponta o site da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap).
Para o padre Walnei de Moura Antunes, coordenador da Pastoral Carcerária, o convívio entre tantas religiões diferentes é às vezes difícil, mas afirmou que “por parte da Igreja Católica há uma abertura total para aquelas que querem construir uma relação harmoniosa”.
Segundo o padre João Carlos Silveira, agente pastoral, essa relação é motivo de entusiasmo: se alegra com a participação de detentos que seguem outras religiões nos encontros religiosos que organiza.
“A resposta dos presos aos encontros é fantástica. No Natal do ano passado eu recebi a visita de uma presa, em regime semiaberto, que é espírita. Ela gosta muito de se sentar comigo e ler a Bíblia”, comentou o sacerdote.
Carisma da esperança
Pelo menos três vezes ao mês, padre João deixa, sozinho ou acompanhado por outros agentes da Pastoral Carcerária, a Paróquia São José Operário, em Bonsucesso, onde é pároco, para se encontrar com os presos. Desde 2013, reveza as visitas entre o Instituto Penal Oscar Stevenson, presídio feminino, e algumas unidades do Complexo Penitenciário de Gericinó.
Para o sacerdote, a realização da missa na prisão não é suficiente: prefere ler e refletir a liturgia do dia ao lado dos detentos. Segundo ele, o trabalho catequético é melhor aceito por eles e mais eficiente na evangelização, além de incluir um caráter ecumênico, que facilita a participação de presos de outras religiões.
Com uma experiência de dois anos, padre João se sente confortável em dizer que encara essa missão não como uma obrigação, mas como um carisma que escolheu e assumiu.
“Às vezes eu saio das penitenciárias com o sentimento de impotência: são muitos presos. Mas ainda que eu tenha essa impressão de não conseguir levar a Palavra de Deus a todos, eu me alegro pela oportunidade de pode estar ali evangelizando. O capítulo 25, versículo 36, do Evangelho de Mateus: ‘Estive na prisão e foste-me ver’, me conforta e revela que estive com o próprio Messias”, concluiu padre João.
Trabalho permanente
Como organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Pastoral Carcerária atua em todos estados brasileiros, procurando evangelizar nos presídios em favor da dignidade humana e por um mundo sem cárceres.
Trabalho nada fácil, já que o Brasil, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), possui a terceira maior população carcerária do mundo. Soma-se a isso outro levantamento feito este ano pelo Sistema Integrado de Informação Penitenciária (InfoPen), que evidencia que 54,8% dessa população é formada por jovens.
“Antigamente, nós convivíamos com presos de maior idade. De um tempo para cá, a população carcerária ficou muito jovem. Isso é muito preocupante. Passamos a atender famílias com filhos de 18 anos presos, a maioria por tráfico de drogas”, comentou Jandira Moreira da Silva, que atua na pastoral há 35 anos, função de assistente social da Arquidiocese do Rio.
O trabalho da pastoral na arquidiocese, iniciado em 1972 pelo padre Bruno Trombeta, é muito amplo, explicou Jandira. Além da assistência espiritual, a pastoral ampara as famílias dos detentos, em suas necessidades. Quando se tornam egressos, continuam sendo assistidos, principalmente em projetos desenvolvidos pelo Banco da Providência.
Faz parte da dinâmica da Pastoral Carcerária do Rio, em sintonia com todas as demais espalhadas pelo Brasil, o apoio ao fim das revistas vexatórias nas penitenciárias, que continuam acontecendo, mesmo após a recomendação do Conselho Nacional de Política Criminal Penitenciária. “As famílias ainda sofrem com esse constrangimento, principalmente os idosos e as crianças”, confessou Jandira.
As retiradas das carteiras de visitante é outra dificuldade que as famílias dos presos passam, apontou a assistente social. Nesses casos, a pastoral também auxilia e orienta as pessoas.
Fonte: ArqRio

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